Eu e a minha escrita

Tenho para mim a crença de que palavras escritas são uma forma de materializar nossos pensamentos, ideias e sentimentos. Às vezes, está exteriorização de nossas emoções é tão automática e fluída, que não há nem tempo de refletir ou repensá-las. As palavras se fazem presentes com uma autoridade impossível de ser ignorada ou desprezada. As letras se somam, e palavras, expressões, frases, textos e narrativas simplesmente acontecem!
É uma construção gradual, mas com progressão rápida, quase instantânea; por mais que isso possa parecer contraditório, é exatamente assim que acontece. Uma palavra já chega ao papel (ou a tela) conectada a próxima,
e assim sucessivamente. É a magia da escrita!

Entretanto, nem sempre a mágica acontece…

Há dias ou momentos, em que escrever se torna uma difícil tarefa. Por que isso acontece? Não sei responder.

Talvez, um escritor com mais técnica ou expertise na arte da escrita, saiba responder com mais clareza e objetividade do que eu!

Não estudei ou me preparei para escrever!

Escrever nesta fase da minha vida aconteceu por pura necessidade ou prazer. Necessidade no sentido de que conversar comigo mesma através da escrita, desde sempre, foi terapêutico, foi remédio para as dores e feridas da minha alma.

Por muito tempo, escrevi para mim mesma, sobre meus sentimentos, fatos, tragédias, conquistas e sonhos do meu viver.

Mas, em determinado momento, senti vontade de escrever sobre como eu estava descobrindo a vida, relatar meus aprendizados e novos entendimentos.

Desejo de escrever e de ser lida!

Quando entendi que a verdadeiro vida era muito mais engenhosa e complexa do que nossas ilusões, nosso instinto de sobrevivência na matéria, tive um enorme desejo de compartilhar essas percepções, essa compreensão.  Mas como compartilhar experiências e saberes sem que isso parecesse presunção ou empáfia?

Contando histórias de vidas.

Transformando meus conhecimentos e crenças em vivências de meus personagens. E contar histórias fictícias entrelaçadas à fatos, dão mais significado ao que quero transmitir.

Não é um trabalho fácil, pois requer muita pesquisa e estudo na história registrada dos fatos – que são narrados e interpretados de acordo com as crenças, ideologias, percepções de cada historiador.

Então, é preciso conhecer as narrativas, nas várias linhas de pensamento, e fazer sua própria análise crítica, sua própria leitura e interpretação.  É o que faço!

Uso os fatos verídicos para contar a história dos meus personagens, que por sua vez irão contar a minha percepção de como tudo aconteceu, sob uma visão e pensamento espiritualista.

Visão de quem tem convicção   – e isso é maior do que crença -, de que a vida é muito mais do que nascer e morrer! Sei que a vida (física) e a morte (biológica) são partes de um grande processo de crescimento e evolução de uma unidade energética, centelha divina, parte de um todo Criador!

Assim, que sempre procuro entregar ao meu leitor, uma história envolvente, cheia de acontecimentos e narrativas de vida, sentimentos e ideologias, percepções de cada historiador.

Assim, que sempre procuro entregar ao meu leitor, uma história envolvente, com narrativas de vida, sentimentos, emoções, induzindo-o a suas próprias reflexões.

História fictícia, história real e espiritualidade; este é o tripé que guia e norteia minha escrita, buscando sempre tocar a alma do leitor. Porque sempre trago a esperança de que minha escrita converse com quem a lê, que haja conexão, “match”, cola, ligação!

É a isso que me proponho quando escrevo um romance. Foi assim com “O Monastério”, e igualmente com o próximo.

Aguardem, “A Tragédia de Languedoc”, em parceria com a Editora Labrador, lançamento previsto para segunda quinzena de outubro.

Espero que vocês estejam tão ansiosos por esse livro quanto eu!

Assim é a minha escrita, esta sou eu ,  a  escritora!!

 

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